Ao ler pela primeira vez a obra “As Flores do Mal” de Charles Baudelaire, os belos poemas marcaram-me. Todavia, chamou minha atenção a exagerada dedicatória ao poeta Théophile Gautier, como se esse fosse maior que o autor. A história e a própria literatura comprovaram o contrário. Um detalhe permaneceu em meu cérebro: a expressão “Flores doentias”! Gostei muito dela.

Passadas três décadas, recebi o convite do jornalista e grande amigo, João Leonel, para publicar uma coluna num dos jornais da cidade de Fernandópolis. Aceitei de imediato. Qual o nome para ela? Não hesitei, batizei-a com a expressão que me impactou. Não me perguntem a razão. Exatamente não sei. No entanto, sinto seu significado. Basta.

Por insistência de meu querido amigo e primo (não sei a ordem), Paulo Eduardo, relutei, mas aceitei transformar os textos do periódico num “Blog”.  Qual o propósito? Aumentar o alcance das leituras; produzir admiradores ou inimigos; sobretudo, propiciar, a mim e a aqueles que queiram oportunidade de reflexão.

Caros leitores recebam, portanto, minhas “Flores Doentias”

Galeria de fotos: Flores Doentias

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CULTURA - PAGINAS 4 E 5 - PROVA FINAL.pdf (1,9 MB)
 

Espinhos do Zé...

“Daddy come home”

01/04/2014 18:19
Em sua composição Mother, o genial John Lennon (1940-80) fala de suas dores e angústias pessoais quanto à péssima relação com sua genitora e a ausência de seu pai. A mãe ausente aproximou-se dele pouco antes de morrer atropelada; o pai, marinheiro, deixou o lar inglês rumo à Austrália sem...

O Tango de Marlon

01/04/2014 18:18
O termo astro do cinema ganha sentido e contorno quando nos deparamos com alguns nomes. Há aqueles que são puro marketing, apenas mídia. Existem outros cuja notoriedade é passageira. Ganham um Oscar, páginas de jornal, chamadas em TVs viram celebridades. Desaparecem. No entanto, existem alguns cujo...

Buñel: a decoupage do inconsciente

01/04/2014 18:18
Nos idos anos setenta o saudoso CINE BIJOU, no centro de São Paulo, promovia sessões dos hoje chamados filmes de arte. Em sua acanhada sala de projeção conheci algumas das imprescindíveis películas para a formação de qualquer apaixonado pela Sétima Arte. Numa das vezes vi o inacreditável O Fantasma...

Histoire du Cinéma

25/03/2014 17:11
Truffaut (1932-84), menino problema, “menor infrator”, preso na adolescência. Leitor voraz, capacidade intelectual muito acima da média. Suas proposituras na linguagem cinematográfica levaram André Bazin (1918-58) a convidá-lo a compor a plêiade do célebre Cahiers du Cinéma. A publicação foi...

FIRMEZA - Texto de um amigo, Mike Capacchione, em suas REFLEXÕES DE UM CABOCLINHO RABUGENTO de novembro de 2012.

24/03/2014 13:23
A foto acima, publicada numa rede social pela professora Uiliene Araújo, do Colégio Guilherme Dourado de Imperatriz, no Maranhão, com o intuito de denunciar as condições aviltantes do ensino naquela localidade, provoca reações diferentes. Alguns podem até ter achado graça pelo inusitado da...

Ensino a Distância, (des) ensino de perto

19/03/2014 16:43
Ao produzir uma parábola futurista em Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley (1894-1963) apresenta-a de tal maneira que os humanos são movidos por uma “ética” cuja conduta pauta-se no cumprimento de obrigações mecânicas. Não há, e nem pode haver, emoções e quereres. A execução das ordens é para...

O Rei do Rock

12/03/2014 06:32
A psicanálise talvez possa – desde que queira – explicar a ânsia que muitos humanos têm de eleger “reis”: do futebol, do basquete, da música... Não me incomodo com esse fato, algumas vezes torna-se engraçado; noutras entro no debate. Por exemplo: o rei do rock. Há aqueles que entronaram Bill Haley...

Um Réquiem para Millôr e Hobbes

05/03/2014 11:40
O centenário da eclosão da primeira guerra mundial evidentemente entra na ordem do dia. Lembrá-la é imprescindível, na medida em que o alerta, a lição, deve nos ensinar a não repetir erros passados a fim de não reproduzir barbárie semelhante. Há no humano um fascínio por guerras, hecatombes,...

Mozart para além dos maniqueísmos

05/03/2014 11:39
A película “O Enigma de Kaspar Hauser” (1974), dirigida por Werner Herzog, no início da trama apresenta uma sala na penumbra dentro da qual há uma criança executando uma peça ao piano. A leitura possível, talvez até óbvia, é o jovem Mozart (1756-91), símbolo do racionalismo, ou melhor, das “luzes”...

Millôr Fernandes tinha razão?

27/02/2014 17:33
  O biologo e epstemólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) dedicou-se a estudar a formação da inteligência. Para tanto, destinou estudos e atenção às crianças. Dentre suas reflexões, formulou a tese segundo a qual, na puerilidade vivem-se três estágios: a anomia, a heteronomia e a autonomia. O...
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