Ao ler pela primeira vez a obra “As Flores do Mal” de Charles Baudelaire, os belos poemas marcaram-me. Todavia, chamou minha atenção a exagerada dedicatória ao poeta Théophile Gautier, como se esse fosse maior que o autor. A história e a própria literatura comprovaram o contrário. Um detalhe permaneceu em meu cérebro: a expressão “Flores doentias”! Gostei muito dela.

Passadas três décadas, recebi o convite do jornalista e grande amigo, João Leonel, para publicar uma coluna num dos jornais da cidade de Fernandópolis. Aceitei de imediato. Qual o nome para ela? Não hesitei, batizei-a com a expressão que me impactou. Não me perguntem a razão. Exatamente não sei. No entanto, sinto seu significado. Basta.

Por insistência de meu querido amigo e primo (não sei a ordem), Paulo Eduardo, relutei, mas aceitei transformar os textos do periódico num “Blog”.  Qual o propósito? Aumentar o alcance das leituras; produzir admiradores ou inimigos; sobretudo, propiciar, a mim e a aqueles que queiram oportunidade de reflexão.

Caros leitores recebam, portanto, minhas “Flores Doentias”

Galeria de fotos: Flores Doentias

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Espinhos do Zé...

O filósofo homem ou o homem filósofo

13/04/2014 14:16
A escultura “O Pensador”, de Auguste Rodin (1849-1917), dá o tom da equivocada visão sedimentada pelo senso comum em relação à Filosofia e ao filósofo: algo ou alguém descolado do mundo; absorto em ideias impalpáveis, abstratas, sem nenhuma aplicabilidade prática. Conjunto cujo matiz produz a ...

A batida da beatitude e da estrada – Kerouac e Ginsberg

13/04/2014 13:45
Somente em 1984 o Brasil foi agraciado com a tradução, aliás, primorosa, elaborada por Eduardo Bueno – do clássico “On The Road” de Jack Kerouac de 1957. Passados quase trinta anos, o livro conservava naquele momento o frescor original. Houve uma onda beat no Brasil, tardia é verdade, porém, bem...

A arte de como não fazer

13/04/2014 13:43
O acesso à página do Google permitiu-me saber que aniversaria – 407ª passagem natalícia – aquele que fora denominado “Mestre das Sombras”: Rembrandt Van Rijn (1606-1669). O desígnio explica-se pela genialidade do pintor em produzir telas nas quais há um belíssimo contraste entre a penumbra e a...

A Educação como missão

13/04/2014 13:42
Um dos mais férteis terrenos ocupado por toda sorte de “especialistas” tornou-se a educação. Afirmo o fato depois de percorrer essa estrada há quase trinta anos. Nas ultimas décadas um exército de pseudo-conhecedores,  passou a ocupar a mídia com supostas afirmações e soluções  sem mesmo...

A expressão oral do silêncio: Wittgenstein

13/04/2014 13:41
Coragem intelectual talvez seja a expressão que melhor defina o filósofo austríaco na medida em que viveu suas convicções e, no momento em que se percebeu equivocado, retratou-se. Em dois momentos foi decisivo para a Filosofia. Nascido no seio do Império Austro-Húngaro, na bela Viena, Ludwig...

As barricadas para além da pátria e do patrão

13/04/2014 13:39
          O emblemático Maio de 68 em Paris constituiu o arquétipo do contestador contemporâneo: jovem idealista que bradava “É proibido proibir”; “ Toda a imaginação no poder”. Refugiados em Mao-Tse-Tung, o fiasco pseudo socialista da URSS, Che Guevara, Vietnã. Love and...

Camus: ainda a urgência.

13/04/2014 13:36
Em texto publicado nessa coluna, em 11.05.13, falávamos acerca da urgência do pensamento de Albert Camus. Apontado pelos principais críticos literários e estudiosos como um dos maiores escritores do século XX figura no panteão da plêiade de gênio das letras em todos os tempos. Por quê? Nascido na...

Camus, também urgente.

13/04/2014 13:33
            O recente lançamento da obra “Heidegger urgente” de autoria do Professor Oswaldo Giacóia, livre-docente da Universidade Estadual de Campinas, suscita uma fundamental reflexão: a perenidade de alguns autores. Em nenhum momento aludo ao...

Clint Weastood: a racionalização do mito ou a mitificação da razão

13/04/2014 13:33
          Gary Cooper, John Wayne, Henry Fonda, sacavam seus revolveres nos  planos de John Ford ou Howard Hawks, deflagrando um western, cujo gênero, aludia a  um  arquétipo de época marcado pela  dicotomia bem e mal. O herói  branco e o bandido...

Every day I have the Blues

13/04/2014 13:30
O termo blue é traduzido por azul e também por triste. Em nossa língua soa estranho, pois azul é uma cor que não nos remete à tristeza. Ao contrário, corrobora com situações ou momentos de alegria, de contentamento ou satisfação. A origem nos Estados Unidos – o delta do Mississipi e as lavouras de...
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