Ao ler pela primeira vez a obra As Flores do Mal” de Charles Baudelaire, os belos poemas marcaram-me. Todavia, chamou minha atenção a exagerada dedicatória ao poeta Théophile Gautier, como se esse fosse maior que o autor. A história e a própria literatura comprovaram o contrário. Um detalhe permaneceu em meu cérebro: a expressão “Flores doentias”! Gostei muito dela.

Passadas três décadas, recebi o convite do jornalista e grande amigo, João Leonel, para publicar uma coluna num dos jornais da cidade de Fernandópolis. Aceitei de imediato. Qual o nome para ela? Não hesitei, batizei-a com a expressão que me impactou. Não me perguntem a razão. Exatamente não sei. No entanto, sinto seu significado. Basta.

Por insistência de meu querido amigo e primo (não sei a ordem), Paulo Eduardo, relutei, mas aceitei transformar os textos do periódico num “Blog”.  Qual o propósito? Aumentar o alcance das leituras; produzir admiradores ou inimigos; sobretudo, propiciar, a mim e a aqueles que queiram oportunidade de reflexão.

Caros leitores recebam, portanto, minhas Flores Doentias

Galeria de fotos: Flores Doentias

Espinhos do Zé...

04/04/2016 04:56
Escrevo essa coluna em quatro de Abril de dois mil e dezesseis. Dia em que se completam cento e três anos do nascimento de um dos nomes mais fundamentais da música no século XX: Muddy Waters. Aquele que eletrificou o blues do Mississipi, na Chicago dos anos trinta. Um dos pioneiros da guitarra...
24/03/2016 21:38
O poeta Stéphane Mallarmé aborda o jogador de dados num belo trabalho do mesmo nome. Trata do tempo, na medida em que este para, após o lançamento. Ali se encontram suas expectativas e uma grande promessa do acaso. O acaso... Devemos nos permitir a usufruí-lo. A nos entregar a ele. Deixar que, vez...
13/03/2016 15:11
Deus estava a manipular uma massa (de coloração marrom) e um de seus assessores (sim, já existiam) perguntou-lhe: “– O que o senhor faz?” Deus respondeu: “– Isso é o mundo!”. Continuou a manipular e passou a explicar-lhe: “– Esse será um rico continente. Terá uma grande e eterna cultura. Haverá um...
11/03/2016 11:32
Durante a película “Intocáveis”, há uma cena na qual Felipe está numa galeria com seu auxiliar Driss. O tetraplégico observa um quadro, ao lado do diretor da mesma. Comentam acerca da pintura. Para Driss é uma conversa de malucos. Afinal, para ele, aquilo são borrões, rabiscos, tintas derramadas a...
02/03/2016 10:22
O desconhecimento do lógos – traduzido para o português: razão, palavra, estudo e lógica – limitava os humanos à mitificação, a sacralização das coisas e dos seres. O mundo do mito é calcado na inexistência de tempo e espaço. Também não havia a escrita – outro exercício de racionalidade -,...
02/03/2016 08:25
Quando Heidegger afirmou: “Só é possível filosofar em grego e alemão”, talvez estivesse com a razão. Digo na incerteza em face de não ser um filólogo, um grande conhecedor dos idiomas em questão. Todavia, pelo pouco que sei, ouso dizer que não estava errado. O idioma grego guarda consigo uma...
25/02/2016 07:42
Morte e Vida O texto de hoje é uma simbiose de alegria e tristeza. No sábado, pela manhã, li com muita dor a morte do intelectual Humberto Eco. O italiano em questão é, sem dúvida, um dos maiores nomes do cânone mundial. Apesar de seus oitenta e quatros anos e de um câncer, jamais esperaria seu...
05/02/2016 11:21
Perdoem-me por me remeter a uma situação trágica. Não é minha intenção, absolutamente, agredir ninguém ou desrespeitar a dor de outros. No entanto, ao ler as páginas do Extra.Net  tomei ciência da trágica morte de alguém aos trinta e três anos de idade. A matéria se referia a...
05/02/2016 11:01
As páginas do romance “O Cortiço” de Aluísio Azevedo não deixam mentir: a narrativa naturalista descreve a miséria que acometia (e acomete) a população brasileira. As péssimas condições de higiene, saúde, enfim o descaso do poder público – sempre me refiro as três esferas de poder - dão o tom da...
04/02/2016 08:27
Noite de Domingo, pós curintiá, ao invés de procurar programas esportivos, refugiei-me no Telecine Cult, pois, prometia: dose dupla de um dos maiores cineastas de Hollywood: Billy Wilder. Os filmes em questão: “Sunset Boulevard” – “O Crepúsculo dos Deuses” em português –” “The Seven Year Itch” – “O...
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