Tripalium

08/11/2017 15:36

Mal clareava o dia, já está de pé, na labuta. Um café rápido e pobre, às pressas. Saía.

Rotina intensa, extenuante, física e mentalmente.

Almoço? Nem pensar. Engolir qualquer coisinha, sem muitos nutrientes e pronto.

Voltar ao trabalho!

Até a noite aparecer, essa era a rotina cotidiana.

Sem feriados, sem descanso, “sem teogonia”. Afinal, é um escravo.

Nessa condição, recebendo a mísera remuneração de trinta e três mil reais por mês, como sobreviver?

Enquanto sofre no labor, pensa: - Com a essa ínfima remuneração, como poderei realizar o casamento de minha filha no “Castelo de Caras”? Como poderei comprar para o meu filho o Bugatti igual ao do Cristiano Ronaldo? Não posso comprar as jóias como as da mulher do Sergio Cabral para a minha patroa?

-E eu? Como fico? Escravo, não posso usufruir de pequenos luxos com essa merreca que ganho?

Que vida triste, dura e injusta?

Trinta e Três mil reais por mês!

Sou um escravo?

Essa fábula pode ilustrar muito bem o comentário indignado da “nobre” ministra. Mais rico e valoroso por tratar-se de uma mulher negra.

Dá a dimensão da ética, da “honestidade, honradez e ó pro seis...”.

É a cara do novo Brasil de Temer e seus aliados.

Parabéns golpistas, batedores de panela.

Estamos no clima da moralidade bradada por vós.