Tiozice

01/12/2017 02:28

 

O Antonio Prata escreveu uma crônica tão bela sobre a “tiozice” em homenagem ao nascimento de sua sobrinha que fiquei comovida. Ele diz que “a paternidade, ao te algemar às demandas de uma criança, te liberta das amarras da sociedade e que a tiozice não te algema a nada e ainda atira as cordas ao chão”.

Herdei dos meus tios o gosto pela “tiozice”. Na infância eles foram autênticos tios: levavam para passear e viajar. Davam carinho, diversão e, mais que presentes, davam sua presença. E com meus sobrinhos, na medida do possível, tento imitá-los.

Me tornei tia muito tempo antes de ser mãe. A vida me presenteou com muitos sobrinhos: David, Lívia e Giovanna – filhos da minha irmã – Enzo e Enrico – filhos do meu irmão. Os filhos das minhas primas (que são meio que irmãs devido à proximidade e a convivência) também chamo de sobrinhos: Juliana – que como a Lívia, é minha afilhada – Felipe, Vitória, Valentina, Miguel e, o mais novinho, Samuel. Com o casamento ganhei os sobrinhos do meu marido: Ulisses, Lígia e Julia e Rafael e Bruna. Também me considero tia dos filhos dos amigos, a Laura, filha do Secatto e sua Bella é a mais recente aquisição (espero que o “Frangão” não se incomode de chamar o seu “Ourinho” de sobrinha).

Os sobrinhos mais velhos, sinal de que o tempo não para, estão nos brindando com os sobrinhos-netos: já temos a Giorgia, o Otávio, a Liah e também o João Francisco, neto do Jão. 

Como bem disse o cronista: “o melhor de tudo, percebo agora, é que o processo evolutivo iniciado na paternidade não termina na tiozice;  natureza é sábia: as duas experiências são apenas a preparação para nosso grande papel na ciranda genética: o de avô”.

E, como tudo tem seu tempo, fico no aguardo pra poder entrar na roda dessa ciranda