Será que conseguiremos aprender?

29/09/2017 12:15

 

Os terremotos que atingiram o México neste mês de setembro, assim como as tempestades e furacões que assolaram a parte central do continente americano mobilizaram centenas de coberturas jornalísticas mundo afora. Em tempos de notícias instantâneas, a todo momento – e em todas os veículos de comunicação – fomos informados do que estava ocorrendo.

Para melhor entender esses fenômenos fui pesquisar mais, relembrar o que se ensina na escola.

Não existem padrões lógicos para o acontecimento de terremotos; eles acontecem devido ao deslocamento das placas litosféricas ou tectônicas, que são gigantescos blocos rochosos que estão em constante movimentação. Estes podem se afastar (zona de divergência) ou se aproximar (zona de convergência). Nas zonas de convergência pode ocorrer o encontro (colisão) entre diferentes placas tectônicas ou a subducção (uma placa mais densa “mergulha” sob uma menos densa). Esses fatos produzem acúmulo de pressão e descarga de energia, que se propaga em forma de ondas sísmicas, caracterizando o terremoto.

A maior parte do território mexicano está sobre o extremo sudoeste da placa norte-americana que se encontra com a placa de Cocos sob o Oceano Pacífico. Esta entra por baixo da norte-americana e é esse processo – subducção – gera tensão que, a cada determinado período de tempo forma os terremotos. Esse choque entre placas também é a causa da grande concentração de vulcões na região conhecida como o Arco Vulcânico Centro-americano.

Já os furacões, cuja temporada no Atlântico costuma ir de 1º de junho a 30 de novembro todos os anos, são fenômenos meteorológicos que se formam como as chuvas. Entretanto, eles diferem no tamanho e na região em que acontecem; o ar aquecido sobe do oceano para o céu, deixando a região próxima à superfície do mar com menos pressão e ar frio ao redor daquela área, que possui uma pressão maior, invade o espaço recém-desocupado. E isso faz com que o ar frio também se aqueça e, consequentemente, sobe aos céus em movimentos circulares e se transforma em nuvens. Assim, um sistema completo de nuvens e ar em movimento acaba se formando, sempre alimentado pelo calor do oceano e pela água que evapora da superfície.

As populações afetadas por terremotos e furações, ao longo do tempo, precisaram se adequar para o enfrentamento dos problemas que esses fenômenos causam: a tecnologia e a educação são fortes aliadas. Investimento em estudos tecnológicos para a construção de edifícios, estudos científicos que ajudam a prever os abalos, e também o treinamento constante formam uma gama de ações para isso. O Japão e o Chile são experts nesse assunto.

Em nossa terra brasilis, nos orgulhamos de não termos terremotos e furacões. Realmente isso é uma dádiva. A corrupção – fenômeno humano, demasiado humano – que assola nosso país há pelo menos quinhentos anos, consegue ser mais atroz que todos os fenômenos naturais que afetam esses países.

Como e quando será que conseguiremos aprender a conter a sanha da corja que ocupa os centros de poder?