E se estivermos errados?

11/11/2016 01:08

 

Entre a eleição do Trump nos Estados Unidos, a aparição da Anita platinada em alguma rede social e outros tantos comentários que ouvi por esses dias me impressionei com a quantidade de pessoas que – com pouco  ou nenhum conhecimento – discorrerem sobre fatos que são notícia. Resultado dessa nossa época.

Com avanço da tecnologia  e a facilidade da comunicação instantânea, muitos acreditam que estamos vivendo a “Era do Conhecimento”. Ledo engano!  Conhecimento exige aprofundamento, leituras, reflexões, análises, muitas dúvidas e poucas – pouquíssimas – certezas. 

Em recente artigo, na Folha de São Paulo, Helio Schwartsman comenta sobre o livro “But What If We’re Wrong?” – Mas e se estivermos errados? – de Chuck Klosterman, que explica como o autor, baseando-se em importantes hipóteses científicas que foram superadas por outras – como por  exemplo, a teoria de Newton pela de Einstein –, e cogita acerca da rejeição de grandes crenças contemporâneas, especialmente na religião e na política.

Segundo o articulista, o autor “parte de uma inquietação comum entre filósofos da ciência: que garantia temos de que o que hoje tomamos como certo está de fato certo?” E que sua proposta é pensar o presente como se fosse o passado abordando variados temas entre história rock e democracia, por exemplo. E termina o artigo com o seguinte comentário: “mesmo quem não concordar com uma linha de Klosterman vai se divertir com as considerações do autor”.

Creio que se as pessoas se propusessem conhecer um pouco mais sobre história, em especial a dos Estados Unidos, não teriam tanta convicção ao afirmar que a vitória do Trump sobre Hilary Clinton é ruim. Ambos representam os interesses do deus mercado que chamamos de Capitalismo. A diferença entre uma e outro é o verniz da hipocrisia da primeira.

Entre Anita, cartões corporativos, Enem e outros tantos, o que me impressionou mesmo foi o comentário de uma pequena aluna sobre a “superlua”. E na próxima segunda espero que no céu ela esteja lá, brilhante e enorme. E me perguntarei: mas, e se estivermos errados?