Como eu seria sem a maternidade?

12/05/2017 01:11

 

O segundo domingo de maio é dedicado às mães. O apelo consumista é intenso. Segundo as várias associações comerciais país afora, é a segunda data mais importante para as vendas, só superada pelo Natal. Os intervalos comerciais das tvs apresentam infinitas opções de “ofertas”. Difícil resistir, afinal ninguém gosta de ficar mal com quem nos deu a vida. E é sempre bom dar um presentinho pra ver o sorriso da mãe e a famosa frase: “não precisava! ”.

E também o que não falta são as homenagens. A maioria emocionante, afinal, mãe é mãe.

Duas delas comoveram-me imensamente.

A primeira, assisti no canal Youtube. É uma parte do programa “Como Será? ”, apresentado por Sandra Annenberg. Na bela mensagem ela inicia justamente com a pergunta: como será ser mãe? E vai dizendo que acreditava não ter nascido com vocação materna e que o ritmo da vida corrida a fazia duvidar se teria espaço para um bebê; mas um dia o relógio biológico disparou e decidiu que não podia passar por essa vida sem essa experiência. Relata que seu corpo se transformou, sua cabeça mudou e seu coração quase explodiu. Ela continua, emocionada e nos emocionando: “De onde vem tanto amor? Quando eu dei a luz, eu nasci como mãe, e ninguém nasce sabendo né? Eles não vem com manual... e ai a gente vai apreendendo, aliás, a gente aprende mais do que ensina, a gente se reeduca para educar, a gente erra querendo acertar, a gente se culpa tanto e os desculpa muito mais, a gente houve perguntas sem fim e se questiona o tempo todo, porque sim, porque não, a gente tem expectativa e se frustra... há que ter muita paciência, sem perder a ternura... a gente muitas vezes dá bem mais do que recebe, mas nem sente... e faz parte... transfere, quer se perpetuar e não quer que acabe nunca... ”.

A outra, veio através de um áudio do whatsap: a versão da música “Trem Bala” – que é originalmente belíssima – que a compositora e interprete paranaense, Ana Vilela, fez em homenagem às mães. Impossível conter as lágrimas. Ainda mais porque conheci a música original através de meus filhos.

Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si
É sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti
É sobre desde cedo aprender a reconhecer sua voz
É sobre o amor infinito que sempre existiu entre nós…

Você me segurou no colo,
Sorriu e entendeu realmente o que era amar
E eu desde o primeiro dia,
Tão pequena, já soube que em ti podia confiar.

 

Depois disso, fica difícil escrever qualquer coisa.

E resolvo finalizar com a conclusão da Sandra Annenberg: “Então, hoje eu me olho e penso, como eu seria sem a maternidade?... Não seria, pelo menos não essa vida... e quando você olhar para o seu filho e para sua filha, sinta orgulho, mas muito orgulho de você mesma, porque ser mãe é ser única, parabéns a todas nós! ”.