Acerca de Amizades, Vida, Canteiros e Amor
No sábado anterior participamos da “Feijoada dos Secatto”; tudo impecável: ambiente, companhia, comidas (várias combinações para uma pseudovegetariana como eu) e, como não pode faltar: bebidas (muitas). Como em todas as nossas reuniões não faltou a descontração e a alegria do encontro, que nos abastece a vida de Vida. Falamos de coisas sérias – um pouquinho - e nem tão sérias - bastante.
Pra variar, a “plêiade” do colunismo do Extra estava reunida e dessa vez, de contrabando, me juntei ao clube. Não me considero tão genial quanto os três: Gil Piva, O. A. Secatto e Zé Renato – cada um a seu modo e com sua individualidade. A cada semana me encanta mais a lucidez do Gil, o humor e o requinte das palavras do Secatto - que muitas vezes me leva às lágrimas: ou choro de tanto rir ou me emociono profundamente, e, com o conhecimento e a memória do Zé Renato. Finalmente, o responsável por tudo isso: João Leonel; figura ímpar.
Realmente, um privilégio para poucos fazer parte do convívio com essas pessoas e suas famílias.
Lá pelas tantas resolvemos que minha coluna teria que ser batizada também. Que responsabilidade nominar um espaço.
Dia seguinte: pedi ajuda pro Zé Renato, por sinal, meu marido, parceiro, amigo e pai dos meus filhos. Prontamente ele me disse: “Gostaria de um nome que pudesse ligá-la à mim e à minha coluna (Flores Doentias), mas que tivesse a sua identidade também, sugiro Canteiros”.
Realmente, perfeito. Amo plantas, flores, frutas, cores. Literatura e poesia. Tudo a ver comigo, conosco!
Mais que isso, nossa relação é tamanha que já entramos em simbiose, nos misturamos. Muitas vezes nem sei se o que penso e o que sinto é porque eu realmente penso e sinto ou se é porque ele pensa e sente e de tanta admiração me sinto arrebatada por tudo que ele preza.
Como na magnífica Eu te Amo de Tom Jobim e Chico Buarque, Zé: “...se ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios. Rompi com o mundo, queimei meus navios, me diz pra onde é que inda posso ir...”